sábado, 22 de outubro de 2011

Hoje quero rasgar a pele, quero derramar sangue, quero balas e facas. Vou visitar-te dor, conhecer-te de perto. Vou dormir contigo e morrer mais um pouco. Hoje quero a moca na minha carola, foder-me pró mundo! Esse cabrão de merda... Hoje o fumo vai cegar os meus olhos e apaziguar o meu coração. Yaaa, hoje vamos ser sozinhos cúmplice... O teu sorriso que me prepare-me um caixão. Hoje é o fim, safoda o futuro que me espera. Nada sou, e o meu lugar é esse mesmo. De baixo da terra. O nosso céu hoje vai poder girar a vontade, as nossas luzes vão brilhar mais do que nunca. Vamos pintar os lábios, beijarmo-nos sem roupa. Hoje quero ser eu mesma, a reservada e a louca. Rasga-me as palavras, solta-me o espírito e alma, derrama-lhe o sangue que já dói demais. Não pertenço a este mundo, não pertenço ao teu mundo. Posso morrer que tanto me faz. Mas deixa hoje ser hoje. Respirar a nebulosidade deste ar cinzento. Hoje vou rasgar a pele, derramar sangue e não deixarei nada dentro.