"O Luís tem no íntimo, embora o não confesse, um grande orgulho por não ser capaz de amar doidamente uma mulher. Como é que, sendo ele tão inteligente, não compreende esta verdade tão simples: que aquele que não tem nada para dar é que é pobre? Assim, nas suas aventuras sentimentais, dá, em troca de pedras preciosas, dinheiro falso e... como cada um dá o que tem elas dão sempre pedras preciosas e ele continua a dar dinheiro falso. E, quando chegar a morte, terá ignorado dois dos maiores prazeres da vida: o prazer de possuir pedras preciosas e o prazer de as dar."
Florbela Espanca in 'Diário do Último Ano
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)