Morri ali, quando a música começou. Sobre os panos vermelhos de uma paixão oculta, sobre as cinzas de todas as cartas que queimei. Sobre as gotas que brotavam dos meus olhos. Eu morri. Deixei-me ir para sempre, com a melodia que me assombrava em qualquer local. A melodia que estava entranhada nos meus ouvidos, que tentei arrancar com todas as minhas forças. Ela puxava-me e repetia o teu nome vezes sem conta, a cada batida do tambor, soava um eco do teu nome, que me levou á loucura. Queimei cada fotografia tua, rasguei os teus trapos, e lancei ao vento o teu perfume, que acabou por deixar um rasto sobre as ruas onde passava. Fiquei louca. E morri, sobre os panos onde dormíamos. Onde fazíamos amor, onde juraste um amor eterno. Enlouqueci sem a tua presença. Destruída no teu cheiro, acabada sobre as cinzas de cada palavra queimada que me ofereceste. Eu ali fiquei, na tão temida solidão de afectos, na anciã de te ver chegar, pegando-me suavemente, e beijando-me os lábios uma ultima vez que duraria a imensidão do tempo que me restava. Eu ardia por dentro. A cada inspirar, uma memória tua eu via como flashes que me aceleravam os sentidos. Dependente de ti como da heroína, deixei-me morrer nos panos vermelhos da nossa paixão inexistente. Sou louca! E tu só exististe na minha loucura.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Zaho - Je te promets
Tu gostarias que eu te dissesse que te amo, para toda a vida. Gostarias que eu te prometesse todas as minhas noites até ao infinito. Gostarias que eu te seguisse sempre, sem fazer qualquer ruído, e que eu entendesse todas essas coisas, sem que tu sequer precisasses de dizê-las.
Eu não te poderei dizer o que não sei. Não te poderei dar o que não tenho. E não poderei fugir de ti, mesmo que tudo e todos nos separem. Tudo o que eu te posso prometer é um novo começo.
Gostaria que o tempo parasse enquanto falas, e que aparecesse no céu, em pleno dia, um bilião de estrelas. Por isso é que eu faço uma promessa. Que possamos ser, de novo, dois, que não se magoaram.
Um novo começo...
Eu gostaria de esconde-lo sob as tuas pálpebras, para que tu me consigas ver enquanto fazes as tuas preces. E gostaria de quebrar todas essas luzes. Aquelas, que te impedem de ver a claridade.
Mas eu não te poderei dizer o que não sei. Não te poderei dar o que não tenho não poderei fugir de ti mesmo que nos separem. Tudo o que eu te posso prometer é um novo começo.
Eu não te poderei dizer o que não sei. Não te poderei dar o que não tenho. E não poderei fugir de ti, mesmo que tudo e todos nos separem. Tudo o que eu te posso prometer é um novo começo.
Gostaria que o tempo parasse enquanto falas, e que aparecesse no céu, em pleno dia, um bilião de estrelas. Por isso é que eu faço uma promessa. Que possamos ser, de novo, dois, que não se magoaram.
Um novo começo...
Eu gostaria de esconde-lo sob as tuas pálpebras, para que tu me consigas ver enquanto fazes as tuas preces. E gostaria de quebrar todas essas luzes. Aquelas, que te impedem de ver a claridade.
Mas eu não te poderei dizer o que não sei. Não te poderei dar o que não tenho não poderei fugir de ti mesmo que nos separem. Tudo o que eu te posso prometer é um novo começo.
sábado, 20 de junho de 2009
Sabes, eu na verdade não te devo nenhuma explicação, não te devo palavras, justificações, não te devo nada. Seguimos este caminho porque assim o quisemos. Eu não te prendi, tu não me agarraste. Somos dois seres humanos livres que não devem nada um ao outro. Mas eu sei. Tu sabes, que essas (não) ditas palavras magoam. Elas ferem o próprio silêncio, encurralam-no, sufocam-no e caem os dois em conjunto. Elas fazem-me duvidar de ti e este sentimento que não se desfaz, que ameaça não ser capaz, faz-te duvidar de mim.
Apenas perguntaste, eu sei. Mas eu não te devo explicações, não te devo palavras nem justificações. Não te quis prender, não, gostei de te agarrar. Eu não te fiz nada. Eu não te devo nada… nada! Exceptuando o meu coração, que também não te deve nada mas esse... quer dar-te tudo.
Apenas perguntaste, eu sei. Mas eu não te devo explicações, não te devo palavras nem justificações. Não te quis prender, não, gostei de te agarrar. Eu não te fiz nada. Eu não te devo nada… nada! Exceptuando o meu coração, que também não te deve nada mas esse... quer dar-te tudo.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Eu já te tinha dado como morto meu amor
Cheguei a decorar delicadamente a tua sepultura
Cheguei a decorar delicadamente a tua sepultura
Ofereci-lhe todas as minhas recordações, ofereci-lhe toda a minha dor
E contei-lhe bem baixinho os episódios da nossa aventura.
Eu só não sei como fui capaz de resistir
Vendo o meu peito verter tantas lágrimas de dor e amargura
A saudade castigando-me, prendendo-me, impedindo-me de sorrir
E o meu corpo suplicando sexo. Louco de desejo, louco de loucura.
Mas hoje meu amor, eu decidi que viverás
A pedido do sentimento que não quer e não se deixa corromper
Amanhã logo tratarei da tua sepultura, se realmente for capaz
Só preciso de abraçar a loucura de saber que amanhã (de novo) morrerás.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Corroios era o local onde todas as crianças tinham praticamente a mesma idade, a pequenada brincava toda junta sem aquele desconforto de um ser mais velho que o outro. Na escola é que encontrávamos o resto das crianças que não brincavam connosco e não eram da nossa rua, eles eram crescidos, se calhar já nem sabiam brincar como a pequenada da Rua Cidade de Setúbal.
Tinha um pensamento típico de criança, queria ter muitos bonecos mas, ao mesmo tempo, queria andar de sapatos de salto alto para sentir a sensação de ser maior, tinha sonhos para o futuro, e eram mesmo sonhos, completamente vindos do fantástico. Sempre com os olhos muito vivos, e o rosto engraçado em todos os momentos de infância. Irrequieta e atrevida, talvez sejam os adjectivos que mais me identificavam.
Tinha um pensamento típico de criança, queria ter muitos bonecos mas, ao mesmo tempo, queria andar de sapatos de salto alto para sentir a sensação de ser maior, tinha sonhos para o futuro, e eram mesmo sonhos, completamente vindos do fantástico. Sempre com os olhos muito vivos, e o rosto engraçado em todos os momentos de infância. Irrequieta e atrevida, talvez sejam os adjectivos que mais me identificavam.
A vida para mim seria sempre igual, os vizinhos seriam os mesmos, os amigos da minha rua também, a escola primária não mudaria. Criança feliz, digo eu agora. Amigos, família e tudo o mais fizeram parte da construção dessa felicidade, ou olhando apenas para o olhar, podemos dizer que tudo é inesquecível!
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